A Casa da Juventude foi uma conquista para juventude da RMR. O espaço foi utilizado como ponto de encontro para discussões e debates sobre propostas de políticas públicas de juventude, além de atividades culturais e de lazer. A experiência de 2005 foi bastante importante para o exercício da participação juvenil que construiu, através de muitos diálogos com ongs e gestores públicos, a gestão, o funcionamento e o financiamento da Casa da Juventude.

20050903

Discurso de encerramento CSJ - Recife 2005

Boa noite a todos que estão presentes aqui neste Pátio. Gostaria de agradecer às pessoas que participaram da construção do Consórcio Social da Juventude aqui no Recife e que não fazem parte das entidades executoras: Jorge Perez, Vera Jatobá, Carlúcio Castanha, Lívia de Tommasi, entre outros. Gostaria de agradecer aos jovens que contribuíram na elaboração do projeto da Casa, cuja primeira versão foi escrita por Lívia: Doninho, Elisangela, César Ricardo e outros mais. Agradecer a todos os coordenadores e educadores, às entidades executoras e que são sensíveis à causa. Agradecer ao Serviço de Promoção Social, à equipe de voluntários e aos grupos que estão dando uma força. À Haroldo, Germana, Luciana, Paula, Mateus, Isaque, Sandro, Rodrigo, Chiquinho, Arlan, Conceição, Clênio, e o Grupo Chapéu de Couro, ao Fórum das Juventudes Recife/PE, Êxito d’Rua, Associação Metropolitana de Hip-hop, Centro de Mídia Independente, Associação dos Músicos de Rock de Pernambuco, PJMP, Rede Jovem do Nordeste, Projeto Redes e Juventudes, Movimento Canal M e Movimento Cultural Boca do Lixo. Agradecer a todos desta equipe do Consórcio: Cirilo, Célio, Rosélia, Artur, Rozário, Andréa, Mayave, Clara, Neilan, Vanessa, Eva, Jaci, Antônio, Solange, Edilma, Cleiton e em especial a minha companheira maior: Ericka Vieira. Agradecer a existência da Ouvidoria Jovem. Fico feliz por mais de 1.000 pessoas terem circulado por uma casa de aproximadamente 100mXm nos últimos 5 meses. Ter de 50 a 200 pessoas circulando por dia e feliz por desconfiar que, mesmo não termos todos os recursos por nós sonhado, que os sonhos se constroem aos poucos. Ontem aconteceu uma avaliação realizada pela Ouvidoria Jovem do Consórcio e isto me fez refleti sobre erros que poderíamos ter cometido, então descobri que de fato não comentemos erros! Erros cometeríamos se fôssemos desonestos, omissos, centralizadores, inflexíveis e anti-democráticos. Eu diria que nesta guerra pela inserção social de muitos jovens e mais especificamente de inserção no mundo do trabalho, perdemos batalhas, ganhamos várias, mas o saldo final ainda veremos. Já posso dizer que somos vencedores por executarmos um projeto, de 5 a 6 meses, cuja meta é quase um surrealismo se fomos levar em conta os índices de desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife e onde inserimos dezenas e dezenas de jovens no mundo do trabalho. Somos vencedores sim e entre nossos quartéis está à Casa da Juventude, que ainda está com suas portas abertas cumprindo seu papel de política pública, de inserção social, de discussão e experiências de uma nova “cultura de trabalhidade” (uma maneira de ver, entender, agir e interagir com o mundo do trabalho que tenha em conta os impactos, sobre esta esfera da vida, de dinamismos como a globalização dos mercados, o fim da Guerra Fria, o advento de novas tecnologias e as novas formas de processo produtivo). E desse modo, realizando suas atividades que é um mérito de todos que nela habitam. Quais são os moradores da Casa? A juventude na sua diversidade e os que dialogam com ela. Espero ainda que a juventude partidária faça-a sua também, com crise ou sem crise, porque a crise não é da esquerda, a crise não é só de um partido, a crise é política e humana, é do homem no mundo. Terá sido porque as convicções ideológicas saíram de moda? Então temos mais do que nunca que estufar o peito, e, pra que acredita e tem convicção dizer: Viva o Socialismo! Nós, da Casa, tentamos também garantir o que se prevê nas recomendações e propostas discutidas durante o Projeto Juventude em todo o país: ser um espaço de valorização e fortalecimento das capacidades dos jovens; espaço de expressão e criação, laboratório de experimentação de possibilidades e capacidades, de construção de formas alternativas de fazer política, e de produção autônoma de serviços de interesse coletivo. Pra terminar digo que o bem da humanidade deve ser os jovens poderem ser criativos, construtivos e solidários. O bem da humanidade é despertar nos jovens valores positivos e elevar seu senso estético. O bem da humanidade é o jovem em vez das drogas e da violência se ocuparem com esporte, arte, comunicação, luta social e defesa do meio-ambiente. O bem da humanidade é o jovem superar o individualismo e o comunismo. Tudo isso parodiando o escritor inglês Aldous Huxley que nos diz: o bem da humanidade consiste em que cada um goze o máximo de felicidade que possa sem diminuir a felicidade de ninguém.