A Casa da Juventude foi uma conquista para juventude da RMR. O espaço foi utilizado como ponto de encontro para discussões e debates sobre propostas de políticas públicas de juventude, além de atividades culturais e de lazer. A experiência de 2005 foi bastante importante para o exercício da participação juvenil que construiu, através de muitos diálogos com ongs e gestores públicos, a gestão, o funcionamento e o financiamento da Casa da Juventude.

20060607

Relatório final do CSJ de 2005 é vago e falho.

Ao término do Consórcio ano passado houve várias avaliações (uma da ouvidoria jovem, uma dos educadores e outra das entidades executoras, onde esta última teve a participação de muitos educadores que também participaram da avaliação anterior).
O resumo de todos os relatórios (das avaliações e das ações de todas as coordenações e entidades) ficou sob a responsabilidade da entidade âncora realizar, com a aprovação final da Coordenação Geral. Tomamos o conhecimento deste resumo a poucos dias e contestamos o primeiro item, da página 32, onde cita a prioridade que a Casa da Juventude dava aos movimentos juvenis em detrimento das ações ou jovens do Consórcio, o que não é uma verdade pois os movimentos juvenis, sempre participaram de duas formas muito sistemática:
1. Utilizando-se dos espaços quando este se encontrava ocioso principalmente fora dos horários de funcionamento das ações do Consórcio (geralmente a noite ou fins-de-semana).
2. Propondo ou aceitando, enquanto parceiros, a execução de atividades que eram oferecidas às entidades executoras através de divulgação de e-mails, cartazes e, sobretudo telefonemas...
A comunicação do Consórcio, apesar de ser coordenado por alguém de um compromisso social notável, não correspondia a todas necessidades, provavelmente pela grande demanda que todo o programa apresentava. Os jovens comunicadores também não conseguiram produzir bem talvez por este mesmo motivo. Os recursos de comunicação e transporte além de outros fizeram muita falta à Casa ( que na maior parte do projeto ficou desprovida de recursos inclusive de Internet). Lembrando mais uma vez que também não tínhamos dentro da Casa existiu a contratação para atuar como secretária ou como auxiliar administrativo.
Ter aberto a Casa aos movimentos juvenis que inclusive desde sempre contribuiu com o Consórcio não foi de forma alguma uma prática de privilégios ou de protecionismo e sim de reconhecimento e compartilhamento de necessidades. Esta avaliação deturpada coloca a gestão da Casa num lugar muito comprometedor: o que pode ser interpretado inclusive como crime, uma vez que este projeto possui convênios e recursos públicos.
Ainda durante a execução do Consórcio, a coordenação da Casa fez um levantamento sobre os motivos da não participação dos jovens nas atividades oferecidas pela Casa, os três únicos motivos apresentados foram:
1. Falta de passagem: alguns jovens achavam que a instituição é quem deveria fornecer a passagem para este se locomoverem até lá, o que não acontecia.
2. Falta de tempo: reclamavam, pois tinha as aulas do curso, o voluntariado e a escola.
3. Falta de comunicação: muitos ainda não sabiam a existência da Casa (embora já estivesse ido até ela para participar das aulas de Inclusão Digital), para que servia e que atividades desenvolvia-se ali. Como este levantamento foi realizado na presença de educadores, alguns destes também revelaram que não conhecia a Casa, que relação tinha com o Consórcio e nem o que era de fato o Consórcio.
Nenhuma atividade foi proposta para Casa (exceto o Cinema) com a participação das entidades executoras no sentido de elas mesmas promoverem (houve sugestões, mas que não podiam assumir devido a ausência de recurso para isto). Por outro lado a qualificação do Consórcio também teve dificuldades para tal exercício na Casa.
Todas estas questões foram colocadas (além de outras) por Evandro e Éricka em reuniões da Coordenação e no relatório final que estes entregaram à Coordenação Geral.
Não puderam, infelizmente, discutir durante a avaliação das executoras. Foi sugerido primeiro uma escuta e registro e depois uma discussão sobre os pontos observados pelas executoras o que foi adiado e posteriormente solicitado pela Coordenação Geral a não-presença dos coordenadores de cada área.
Queria entender de fato o que se passa pela cabeça dos coordenadores institucionais de "ongues" qd se fala em políticas públicas de juventude, qd se fala em protagonismo juvenil, qd se fala no jovem enquanto sujeito de direitos, qd se fala em juventude participativa, espaços de participação da juventude e centros de referência da juventude. Fazemos o convite a todos para lerem ao menos o capítulo 12 do livro Políticas Públicas - Juventude em Pauta, e páginas 36 a 39 do Projeto Juventude - Documento de Conclusão.
Podemos disponibilizar todo o relatório que e que foi entregue a Coordenação Geral do CSJ em Recife para compor o Relatório Geral.
Reforçamos que é importante a divulgação dos textos postados aqui e também a comunidade no orkut criada por Haroldo e, se possível, juntar todo este material e entregar ao Ministro e a Luciana Tannus (se é que ela ainda é a responsável pelo CSJ),entregar também a Regina Novaes e a todos os membros do Conselho Nacional da Juventude, assim como ao delegado da DRT, o companheiro Jorge Perez.
Agradecemos como sempre a atenção e o carinho de todos.